Concurso Público Nacional Unificado: Mais oportunidades, menos dores de cabeça
Ah, a busca pela estabilidade e pelo salário garantido. Nada como a velha e boa carreira pública, não é mesmo?
É como se todos os brasileiros tivessem nascido com uma assinatura padrão nos documentos: “Futuro Servidor Público”.
E para garantir esse título, lá vão eles, se enfiando em cursinhos preparatórios físicos e virtuais, como se suas vidas dependessem disso.
Mas espera aí, não é tão simples quanto parece. Mesmo com a magia da internet nos proporcionando acesso ao estudo em qualquer lugar do país, a realização da prova continua sendo aquela dor de cabeça digna de filme de terror. Imagine só, você mora em Rio Branco, no Acre, e precisa ir até Curitiba, no Paraná, para fazer uma prova. Ah, claro, isso sem contar os gastos absurdos com transporte, hospedagem e comida. Sem falar no desgaste físico e mental, claro. Quem disse que ser concurseiro era moleza?
E do lado de quem organiza o circo, ops, quer dizer, o concurso, também não é fácil. Contabilizar vagas, escolher bancas, repassar valores… Um verdadeiro carrossel de burocracia e gastos. E quando isso é feito de forma descentralizada, aí o caos está instaurado.
Mas calma lá, não se desespere ainda. Aí que entra em cena o brilhante Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, com seu plano mirabolante: o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Uma ideia tão genial que parece até coisa de filme de ficção científica. Quem diria que o governo poderia ter ideias assim?
Segundo as informações do site do governo federal (sim, ele existe e não é só para cobrar impostos), vamos ter um único certame para preencher quase 7 mil vagas em 21 órgãos. E o melhor de tudo: os candidatos podem concorrer a mais de uma vaga, tudo isso com apenas uma inscrição. E sabe onde serão as provas? Em 220 cidades espalhadas pelo Brasil. É como se o concurso viesse até você, sem precisar se deslocar para o outro lado do país.
Claro, nem tudo são flores. Esse “salvador da pátria” só vai funcionar para os órgãos federais e suas filiais. Mas, ei, já é um começo, não é mesmo? Quem sabe um dia, até os municípios mais esquecidos possam aderir a essa maravilha do século 21 e selecionar os melhores candidatos, sem precisar de uma odisseia de Rio Branco a Curitiba.