Maior CRISE da história do ENEM preocupa estudantes; saiba o que acontece
A maior crise na história do Enem tem levantado preocupações entre os estudantes e especialistas. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), criado em 1998 com o objetivo de democratizar o acesso à educação superior no Brasil, enfrenta um cenário de queda no número de inscrições.
O que aconteceu com o Enem?
Em 2014, o Enem contou com quase 9 milhões de inscritos, mas desde 2016, o número de participantes vem diminuindo constantemente.
Essa queda nas inscrições afeta principalmente os estudantes em condições vulneráveis, que dependem do exame para ingressar em instituições públicas e privadas de ensino superior, seja na modalidade de ensino presencial ou a distância.
Muitos desses alunos recorrem a bolsas de estudo ou programas educacionais como o Sisu, o ProUni e o Fies para realizar seus sonhos acadêmicos.
O que os dados dizem?
A redução na procura pelo Enem tem aumentado as desigualdades no acesso à educação superior, segundo Ricardo Henriques, superintendente executivo do Unibanco, um dos institutos responsáveis pela pesquisa sobre as oportunidades educacionais dos estudantes concluintes do ensino médio.
Os dados mostram que em 2016, 90% dos estudantes da rede privada realizaram o Enem, mas esse número caiu para 72% em 2021. Na rede pública, a situação é ainda mais desafiadora, com 55% dos estudantes fazendo o exame em 2016 e apenas 26% em 2021.
A Pandemia afetou o Enem?
A pandemia de Covid-19 e a crise econômica têm sido apontadas como fatores que contribuíram para a diminuição do interesse e da participação dos estudantes no Enem, especialmente os mais vulneráveis. O estabelecimento de regras mais rígidas para isenção de taxa também pode ter afetado o acesso de estudantes de baixa renda ao exame.
Essa situação aponta para uma ampliação das desigualdades de oportunidades educacionais no Brasil e destaca a necessidade de ações estruturais por parte dos governos e gestores para reverter esse cenário.
A manutenção do vínculo dos estudantes com a escola durante a pandemia foi identificada como uma prioridade na educação, dada a dificuldade que muitos enfrentaram para acessar a internet e a necessidade de trabalhar para ajudar em casa.
Conclusão
Em resumo, a crise do Enem e as desigualdades resultantes têm afetado a autoestima dos jovens, especialmente daqueles que estudaram nos anos de 2020 e 2021, diminuindo o número de estudantes que sonham em cursar a faculdade. O desafio agora é enfrentar essas questões e buscar soluções para garantir um acesso mais equitativo à educação superior.