Com 76,4% das famílias brasileiras endividadas e 28,6% inadimplentes, a educação financeira virou aquele assunto que todo mundo sabe que é importante… mas que a escola insiste em ensinar pela metade.
Tipo quando te mandam “se virar” com juros compostos sem explicar nem como funciona o cartão de crédito.
O professor Geraldo Luiz Silva, do curso de Ciências Contábeis da Estácio, manda a real:
não adianta só jogar “educação financeira” no currículo e fingir que resolveu.
É preciso uma abordagem decente, contínua e — pasme — professores preparados.
O problema não é só a BNCC
A BNCC até permite trabalhar o tema em disciplinas como Matemática, Ciências Humanas e até Ensino Religioso (sim, você aprendendo sobre perdão e também sobre não perdoar juros de 18% ao mês).
Mas, como o professor Geraldo destaca, isso só funciona se houver:
- formação adequada para os professores,
- materiais pedagógicos decentes,
- e uma gestão que realmente integre tudo isso.
Ou seja: não é só colocar o tópico no PowerPoint da aula e pronto.
A crise financeira que bate na porta (e no bolso)
Os dados mais recentes de 2025 são o pesadelo da vida adulta:
- juros altos,
- crédito difícil,
- e inflação que insiste em existir.
Segundo o professor, esse combo tira das famílias qualquer chance de crédito barato e ainda esmaga o poder de compra.
Aí o resultado é previsível:
mais financiamentos, mais parcelas, mais dívida — o famoso ciclo que ninguém queria viver, mas o país inteiro está no bolo.
E sem noção de orçamento, planejamento ou consumo consciente… a situação piora.
Decisões impulsivas, falta de metas (tipo aposentadoria, reserva de emergência, investimentos)… tudo isso só vai criando um futuro financeiro cheio de plot twists nada legais.
Não é só dinheiro: afeta sua cabeça e sua vida
A bagunça financeira não fica só na conta bancária.
Segundo Geraldo, ela atinge direto:
- a saúde mental,
- as relações familiares,
- e até a produtividade no trabalho ou nos estudos.
Estresse financeiro é praticamente um vilão completo: te cansa, te preocupa, te tira a paz e ainda atrapalha sua vida acadêmica.
Educação financeira é sobre cidadania (e sobrevivência adulta)
Pro professor, educação financeira não é só aprender a lidar com dinheiro — é ferramenta de transformação social.
É sobre formar cidadãos capazes de:
- planejar o futuro,
- tomar decisões conscientes,
- e se proteger das turbulências econômicas que insistem em aparecer.
Em outras palavras: um item essencial no kit “ser adulto e não surtar tanto”.