Fies 2025: começou o mutirão do “me perdoa, Caixa” (ou como renegociar suas dívidas sem surtar)

Sim, meus consagrados: chegou o momento de encarar aquele amor tóxico chamado Fies. A partir do dia 1º de novembro, quem tem contrato do programa assinado a partir de 2018 vai poder renegociar as dívidas — e talvez dormir um pouquinho mais tranquilo à noite.


📅 O básico pra não perder o timing

De 1º de novembro de 2025 até 31 de dezembro de 2026, dá pra fazer tudo online (sem filas, amém!) pelo app Fies Caixa ou pelo site da Caixa Econômica Federal.

Resumindo o rolê:

  • 👩‍🎓 Vale pra quem tem contrato do Fies desde 2018;
  • 💀 Está devendo há mais de 90 dias (considerando até 31 de julho de 2025);
  • 💰 Pode parcelar em até 180 vezes (15 anos);
  • 💸 Com perdão total de juros e multas;
  • 💵 E parcela mínima de R$ 200, formalizada com um termo aditivo ao contrato original.

Tudo isso faz parte da operação “tira o nome do Serasa e recupera a dignidade”.


🧾 Quem pode entrar na dança da renegociação

Se você se encaixa nessas condições, parabéns, você é oficialmente parte do grupo dos endividados elegíveis:

  • Tem contrato do Fies assinado a partir de 2018;
  • concluiu o curso e está pagando (ou deveria estar, né?) a amortização;
  • Está com pagamentos atrasados há mais de 90 dias.

O MEC jura que essa medida é pra “facilitar a regularização”. Tradução: ajudar você a finalmente sair da planilha de inadimplentes.

Segundo o Ministério, a ideia é beneficiar cerca de 160 mil pessoas, com um total de R$ 1,8 bilhão em dívidas. É tanto zero que até a calculadora trava.


💰 Condições do novo acordo: quase um abraço financeiro

O novo modelo de renegociação do Fies vem com um jeitinho mais amigável (ou menos cruel, depende do ponto de vista):

  • Parcelamento em até 180 vezes (sim, 15 anos pagando o mesmo boleto, tipo uma amizade eterna com a Caixa);
  • Perdão de 100% dos juros e multas — só não dá pra apagar o passado, infelizmente;
  • Parcela mínima de R$ 200, exceto se a dívida for menor que isso (aí você já quitou e nem sabia).

A formalização é feita por meio de um termo aditivo ao contrato original — ou seja, um contrato dentro do contrato (bem coisa de burocracia brasileira).

Ah, e atenção: essa renegociação não inclui valores de coparticipação com a faculdade, seguros prestamistas nem tarifas bancárias. Esses ficam por sua conta.

Se quiser negociar essas partes, o caminho é direto com a instituição, seguindo a Resolução nº 64/2025.


🏦 Sobre o Fies (ou “como cheguei até aqui”)

O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é o programa do MEC, criado pela Lei nº 10.260/2001, pra financiar cursos de graduação em faculdades privadas bem avaliadas no Sinaes.

Desde 2018, o Fies passou a ter juros zero pra quem tem baixa renda, e o valor financiado depende da renda familiar.

Pra participar, você precisa:

  • Ter feito o Enem a partir de 2010;
  • Tirar média mínima de 450 pontos;
  • Não zerar a redação (por favor, né?);
  • E ter renda familiar mensal bruta de até três salários mínimos por pessoa.

Ah, e se você não tá devendo (ainda), pode ver as novidades: o Fies 2025.2 já teve resultado divulgado e as inscrições para vagas remanescentes começaram dia 23 de outubro.


💬 Moral da história

Se o Fies virou aquele relacionamento tóxico que você não consegue largar, agora é sua chance de reatar nos termos certos. Parcelar, zerar juros, apagar multas… Só não dá pra apagar as lembranças de quando você achou que o financiamento “ia ser tranquilo”.

Mas olha o lado bom: dessa vez, a Caixa quer fazer as pazes. Então entra no app, renegocia e diz aquele “nunca mais” com estilo (ou pelo menos com boleto em dia).

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