O Que Zera a Redação do Enem: Coisas Que Nem o Corretor Perdoa

Se tem um terror que assombra mais que o boleto da faculdade, é o temido “nota zero na redação do Enem”. Pois é, o texto que decide sua vaga no Sisu, sua bolsa no Prouni e até aquele financiamento do Fies pode ir pro ralo se você pisar feio nos direitos humanos.

Então bora entender o que o Inep considera inaceitável — e como não transformar sua dissertação num crime contra a Constituição.


🧠 Antes de tudo: o que a banca quer de você

A redação do Enem avalia cinco competências, e a quinta é a que separa os humanos dos desumanos. Ela exige uma proposta de intervenção social — basicamente, uma solução pro problema do tema — que respeite os direitos humanos.

Se você defende linchamento, tortura, exclusão ou qualquer ideia que faria a ONU ter um infarto, parabéns: nota zero garantida, mesmo que o resto do texto esteja impecável.


⚖️ O que o Inep considera “ferir direitos humanos”

O Inep é bem claro: sua proposta tem que ser viável, detalhada e compatível com a Constituição Federal.
Nada de ideias malucas tipo “prender todo mundo” ou “banir quem discorda de mim”. O corretor quer ver cidadania, inclusão e justiça social, não uma versão acadêmica de um fórum de ódio na internet.


🚫 Exemplos clássicos de zerada

💥 Defender violência: linchamento, pena de morte, tortura ou qualquer “solução” que envolva machucar pessoas.
💥 Discurso discriminatório: culpar pobres, imigrantes, LGBTQIA+, religiões ou minorias por problemas sociais.
💥 Propostas ilegais: tipo “retirar moradores de rua à força” — isso fere o direito à dignidade e à liberdade.
💥 Ódio disfarçado de opinião: piadinhas e frases que marginalizam grupos sociais também entram na lista do cancelamento.

Em resumo: se sua solução parece roteiro de filme distópico, melhor repensar.


🛠️ Como montar uma proposta decente (e dentro da lei)

O Inep cobra cinco elementos na proposta de intervenção:

  1. 👤 Agente – quem vai agir (governo, escola, mídia, sociedade);
  2. 💡 Ação – o que será feito;
  3. 🧭 Modo/meio – como será feito;
  4. 🎯 Efeito – qual o resultado esperado;
  5. 📋 Detalhamento – o extra que mostra que você pensou direito.

Propostas baseadas em políticas públicas, campanhas educativas, ações sociais e projetos de inclusão sempre caem bem. Elas mostram que você entende o problema sem sair atropelando direitos.


🧩 Dicas pra não errar feio

  • Use referências confiáveis como a Constituição Federal e a Declaração Universal dos Direitos Humanos (a banca ama isso).
  • Evite generalizações tipo “os pobres são violentos” ou “imigrantes tiram empregos” — isso é pedir pra zerar.
  • Treine temas sociais e atuais, tipo racismo, desigualdade, intolerância religiosa e violência urbana, pra desenvolver empatia e senso crítico.

🧨 Resumindo o caos

Ferir os direitos humanos na redação é tipo ativar o modo autodestruição da sua nota. Não adianta texto bonito, repertório chique ou citações do Foucault — se você ignorar a dignidade humana, é zero e tchau.

Mais do que decorar regras, o segredo é ter bom senso e visão cidadã.
Ou, pra simplificar: não seja um personagem de comentário de portal de notícias.

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