Parece que o governo resolveu abrir o cofrinho — e dessa vez o destino do dinheiro é nobre (pelo menos no papel). No último sábado (18), o presidente Lula apareceu em São Bernardo do Campo (SP) pra anunciar o novo edital da Rede Nacional de Cursinhos Populares (CPOP). O plano é investir R$ 108 milhões pra contemplar até 500 projetos em 2025.
Pra quem nunca ouviu falar, a CPOP nasceu no Decreto 12.410/2025, com a missão de dar aquele empurrãozinho técnico e financeiro pros estudantes da rede pública que estão ralando pra entrar no ensino superior via ENEM. Basicamente: o governo banca o cursinho pra quem não tem grana pra pagar um.
No primeiro edital, a CPOP já tinha feito barulho: 384 cursinhos populares, 12,1 mil alunos e um investimento de R$ 74 milhões. Cada cursinho recebeu até R$ 163,2 mil pra pagar professores, coordenadores e equipe técnica — e ainda rolou um auxílio de R$ 200 por mês pra até 40 alunos por unidade. Nada mal, né?
O ministro da Educação, Camilo Santana, disse que quer ver esse número chegar a 700 cursinhos até o final da gestão. Segundo ele, os cursinhos populares já existiam antes, mas agora o governo quer transformar essa rede em política pública oficial — ou seja, algo que continue mesmo quando o governo mudar (se continuar, é outra história).
Camilo aproveitou o momento pra lembrar dos “hits educacionais” do governo Lula, tipo o Prouni, o Sisu e os programas de alfabetização e ensino integral. Tudo com a ideia de nivelar o jogo entre os estudantes de diferentes classes sociais e reduzir a desigualdade no acesso à universidade.
Ele ainda mandou aquele discurso clássico: “Professor tem que ser valorizado, porque todo mundo passa por eles um dia.” Justo. Também falou sobre equidade e inclusão, citando a criação da Universidade Federal Indígena (Unind), em Brasília.
Quem também deu as caras foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad — o ex-ministro da Educação que conhece bem esse terreno. Ele lembrou que, antes de programas como o Prouni, só quem estudava em escola particular conseguia entrar em universidade pública. Enquanto isso, os alunos da rede pública ficavam no famoso “corre atrás”.
Haddad ainda comentou que o Prouni ajudou a colocar grupos minorizados, como a população negra, dentro das universidades, e defendeu uma reforma educacional pra garantir uma distribuição mais justa das vagas.
No fim, ele resumiu bem: a diversidade nas universidades públicas é o que torna elas mais representativas, inteligentes e com a cara do Brasil real. E sim, a qualidade da educação pública melhorou muito depois que a classe trabalhadora começou a ocupar espaço — finalmente.