Se você achava que faculdade era sinônimo de PowerPoint e prova surpresa, pode começar a repensar. A nova moda nas universidades é o PBL (Project Based Learning) — ou, em bom português, aprendizagem baseada em projetos práticos.
Em vez de decorar fórmulas que você nunca vai usar, o rolê agora é resolver problemas reais de empresas de verdade. E sim, tem faculdade que já virou quase uma startup.
⚙️ “Aqui a gente aprende fazendo (e não só fingindo que aprendeu)”
O estudante Fernando Silveira Fernandes, do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), tá só no primeiro ano e já se sente pronto pra disputar estágio.
O segredo? Em vez de ficar só ouvindo o professor falando de “modelos teóricos”, ele tá metendo a mão na massa resolvendo pepinos empresariais junto com os colegas.
“Aprendi sobre programação, negócios e um monte de coisa da vida real”, contou Fernando — basicamente, o sonho de qualquer aluno cansado de resumo de PDF.
E o ITA curtiu tanto a ideia que vai abrir um novo campus em Fortaleza, com o mesmo modelo. PBL pra todo lado, bebê.
🧠 O que é esse tal de PBL e por que ele tá bombando
Segundo o professor Carlos Henrique Costa Ribeiro, do ITA, o PBL não veio pra substituir a teoria, mas pra salvar os alunos do tédio acadêmico:
“É uma forma de aprendizado que complementa o conteúdo e ajuda o aluno a desenvolver projetos de verdade.”
Tradução livre: chega de trabalhos em grupo que acabam em briga no WhatsApp e PowerPoint mal feito. Agora o negócio é resolver problemas de empresas e sair da faculdade com experiência no currículo — não só com trauma de TCC.
💻 O case de sucesso: Inteli, a faculdade que virou fábrica de talentos
No Inteli (Instituto de Tecnologia e Liderança), em São Paulo, 100% dos cursos seguem o PBL.
Resultado? Os alunos se formam com um portfólio digno de LinkedIn Premium.
E o mercado adora: o setor de tecnologia tá carente de profissionais, e só 10% das empresas dizem achar fácil encontrar alguém qualificado.
Por isso, as empresas basicamente fazem fila pra mandar projetos pro Inteli — já que os alunos resolvem os problemas que nem os funcionários dão conta.
“Tem fila de espera pra projetos. As empresas trazem os desafios pros alunos resolverem”, contou Maíra Habimorad, presidente do Inteli.
🎓 Vestibular estilo reality show e histórias que inspiram
Pra entrar lá, o processo seletivo já é diferenciado:
1️⃣ Prova online.
2️⃣ Análise de perfil.
3️⃣ E, pra fechar, um desafio em grupo (porque se não souber trabalhar com gente, nem entra).
Metade das vagas é pra bolsistas — tipo a Izabella Almeida de Faria, de Sistemas de Informação, que já participou de 12 projetos e até conseguiu o primeiro registro de patente da faculdade.
“Sou a primeira da minha família a entrar na faculdade. Ver que posso aplicar o que aprendo e criar algo útil é incrível”, contou Izabella, provavelmente com o brilho nos olhos que a maioria dos universitários perde no segundo semestre.
E detalhe: Izabella já tá empregada antes de se formar. Segundo o Inteli, isso é bem comum por lá — porque as empresas olham o portfólio dos alunos e pensam: “Ok, esse aqui já sabe o que tá fazendo”.
🚀 O futuro do ensino (e o fim da decoreba inútil)
O PBL tá mostrando que aprender com propósito é o caminho.
Os alunos saem prontos pro mercado, as empresas ganham talentos e o MEC deve estar ali, observando, tentando entender onde foi que errou.
Se o modelo continuar crescendo, talvez o ensino superior finalmente consiga responder àquela pergunta que todo mundo faz no colégio:
“Mas professor, onde eu vou usar isso na vida real?”
Agora, finalmente, tem resposta.