“Máfia dos Concursos”: o BBB dos gabaritos — com prêmio de até R$ 500 mil por vaga

Sim, você não leu errado: existe uma galera que transformou fraude em concurso público em negócio de família. A Polícia Federal descobriu uma verdadeira “Máfia dos Concursos”, onde o “mérito” custava até meio milhão de reais — com direito a gabaritos vazados, tecnologia de ponta e até ponto eletrônico implantado na orelha (isso mesmo, dentro da orelha).

Se você ficou perdido nesse roteiro de novela policial com toque de ficção científica, relaxa. A gente explica o caso em 10 perguntas rápidas — sem precisar pagar R$ 500 mil por isso.


1. O que fazia a tal “Máfia dos Concursos”?

O grupo, sediado em Patos, na Paraíba, funcionava como uma empresa de sucesso — só que totalmente ilegal. Eles vendiam aprovações em concursos públicos, usando desde tecnologia de espionagem até corrupção.

Os “clientes” desembolsavam até R$ 500 mil pra garantir a vaga dos sonhos, e o esquema era tão eficiente que os próprios líderes faziam provas pra mostrar que o método funcionava. O chefão? Wanderlan Limeira, ex-policial militar expulso da corporação.


2. Quem fazia parte da treta?

Era praticamente uma empresa familiar. Tinha Wanderlan, os irmãos Valmir e Antônio, a cunhada Geórgia e a sobrinha Larissa — a “vitrine” do esquema, já que foi aprovada em concurso nacional e usada pra atrair novos “clientes”.

Além da família, outros nomes entraram na lista VIP da PF: Ariosvaldo Lucena, dono de clínica odontológica; Thyago “Negão” de Andrade, que bancava as fraudes; Laís Giselly, suspeita em 14 concursos; e Luiz Paulo, um veterano em golpes — mais de 67 concursos no currículo.


3. Como eles fraudavam as provas?

Se você acha que o máximo de cola que já viu foi no cantinho da régua, se prepara: os caras usavam pontos eletrônicos implantados cirurgicamente nos ouvidos. Com ajuda de profissionais da saúde (!), eles conseguiam receber respostas durante a prova em tempo real.

Também rolaram mensagens codificadas, dublês fazendo provas e gabaritos idênticos (inclusive com os mesmos erros). Tudo de um nível que nem o FBI imaginaria.


4. Quanto cobravam e como lavavam o dinheiro?

Depende do cargo. Um concursinho mais simples podia sair por uns R$ 100 mil. Mas o “combo premium”, tipo Caixa ou PF, custava até R$ 500 mil.

O pagamento podia ser feito de várias formas: dinheiro, ouro, carros, motos e até tratamento odontológico. Pra disfarçar, usavam “laranjas”, imóveis falsos e empresas de fachada — tipo a clínica de um dos envolvidos.


5. E tinha servidor envolvido?

Ainda não foi comprovado, mas a PF suspeita que alguns servidores e profissionais de saúde ajudaram a fazer o serviço sujo — desde instalar os pontos eletrônicos até movimentar o dinheiro.


6. Quais concursos foram fraudados?

A lista é digna de maratona: Polícia Federal, Caixa, Banco do Brasil, Polícias Civil e Militar, UFPB e até o Concurso Nacional Unificado (CNU).
No CNU de 2024, pelo menos 10 pessoas teriam sido aprovadas com ajuda da máfia.


7. Quem eram os outros nomes da quadrilha?

Além dos Limeira, o destaque vai pra Ariosvaldo, o dentista do crime; Thyago “Negão”, o financiador; Laís, a “aluna destaque” com 14 aprovações suspeitas; e Luiz Paulo, praticamente um influenciador das fraudes, com 67 concursos no histórico.


8. Quais provas a PF tem?

A PF analisou os gabaritos do CNU e descobriu que quatro candidatos tiveram respostas idênticas — até nos erros, mesmo com provas diferentes. A chance disso acontecer naturalmente seria igual a ganhar a Mega-Sena 19 vezes seguidas.

Além disso, encontraram áudios comprometedores, mensagens criptografadas, pagamentos suspeitos e movimentações financeiras absurdas.


9. O que a PF fez até agora?

Em 2 de outubro, começou a Operação Última Fase. Resultado: três pessoas presas, mandados de busca e apreensão, e os “aprovados” foram impedidos de tomar posse.

Segundo o juiz do caso, o grupo tinha “especialistas por área” pra fazer as provas pelos contratantes — tudo muito profissional. O custo médio da vaga? Uns R$ 300 mil.


10. O que dizem os investigados?

Todo mundo, obviamente, nega.
As defesas alegam “falta de provas”, “coincidência de gabaritos”, “linchamento público” e “dedicação aos estudos”. Wanderlan e cia. aguardam acesso aos autos pra se manifestar — e, quem sabe, montar um novo curso online: Como não ser pego pela PF 101.


💬 Moral da história: enquanto uns sofrem pra decorar a Constituição pra prova da PF, tem gente implantando ponto eletrônico no ouvido. Se isso não for o retrato do Brasil em 2025, eu não sei o que é.

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