Ser mulher no mercado de trabalho é tipo jogar um game no modo “ultra hard” desde o tutorial. E se for em uma área dominada por homens, então? A dificuldade sobe de nível automático.
Mas calma, porque tem gente virando esse jogo com estilo — como a Tamiris Aragão, advogada formada pela Estácio, que prova todos os dias que resiliência + educação = poder real.
A história dela é praticamente um spoiler da luta diária de milhares de brasileiras que batalham por respeito, espaço e oportunidade no ambiente profissional.
“Muitas vezes acham que os homens são mais capazes, que a experiência masculina tem mais peso. Mas eu busco mostrar o contrário com meu trabalho”, conta Tamiris, com aquele tom de quem já cansou de provar o óbvio.
🎓 Educação: o cheat code da transformação
Tamiris sabia desde cedo que a educação era a chave do desbloqueio social. Enquanto estudava Direito, ela enfrentou o combo clássico da estudante guerreira: longas jornadas, transporte lotado, pouco tempo com amigos e muito café.
A primeira oportunidade surgiu dentro da própria Estácio, quando trabalhou como aprendiz. Foi ali que o amor pela área jurídica bateu de verdade.
“Nunca pude apenas estudar. Sempre precisei trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Durante cinco anos, abdiquei de muita coisa pra me formar”, relembra.
E essa história não é exceção, viu? É a rotina de muita mulher periférica que encara a falta de acesso à educação de qualidade e a escassez de oportunidades, mas segue firme — mesmo quando o sistema parece programado pra dar erro.
💪 O avanço da liderança feminina (e o medo dos dinossauros corporativos)
Mesmo com os obstáculos, as mulheres estão tomando espaço — e não é pouco. Segundo o professor e especialista em gestão Flávio Guimarães, o mundo corporativo finalmente começou a perceber que inteligência emocional, empatia e visão estratégica são skills tão importantes quanto planilhas.
“Elas demonstram inteligência emocional, empatia, comunicação clara, foco em resultados e resiliência — qualidades fundamentais pra liderança moderna”, explica o professor.
Tradução: mulheres estão redefinindo o que é ser líder.
Mais inclusão, mais inovação e mais humanidade. Menos ego e discurso vazio.
🚀 O perfil feminino que o mercado quer (mas ainda finge que é novidade)
O mercado globalizado quer profissionais com sensibilidade cultural, foco em diversidade, empatia e propósito — tudo aquilo que as mulheres já vêm fazendo há tempos, só que agora está “na moda corporativa”.
Flávio reforça que as empresas estão cada vez mais de olho em líderes com inteligência cultural e visão estratégica.
“Mulheres que sabem lidar com diferentes culturas, lideram com propósito e têm sensibilidade pra temas como equidade e inclusão são extremamente valorizadas”, completa.
E tem dado resultado: em estados como o Amazonas, cerca de 80% dos cargos de gestão já são ocupados por mulheres. Sim, 80%. Um número que mostra que a maré está virando — e com salto alto, blazer e planilha na mão.
“Ainda há desafios estruturais, mas o movimento em direção à equiparação de gênero é consistente. Onde há mulheres na liderança, há mais inovação e satisfação no ambiente de trabalho”, comenta Guimarães.
📊 Os números não mentem (infelizmente)
Nem tudo são flores, e os dados do IBGE de 2022 jogam uma dose de realidade no otimismo:
- 📉 53,3% das mulheres participam do mercado de trabalho, contra 73,2% dos homens;
- 💼 A informalidade entre as mulheres é de 39,6%, maior que a dos homens (37,3%);
- 🎓 Mesmo com maior escolaridade, o rendimento médio feminino é só 78,9% do masculino.
Ou seja, a conta ainda não fecha. E a diferença de salários e oportunidades continua sendo um bug do sistema que ninguém consertou — ainda.
🌍 Igualdade de gênero: o update que o mercado precisa fazer urgente
O caminho pra igualdade profissional passa por políticas públicas, incentivo à liderança feminina e práticas empresariais que realmente promovam equidade, e não apenas façam post no Dia da Mulher.
Porque o que o mercado precisa entender é simples: quando mulheres lideram, todo mundo ganha.
Mais inovação, mais produtividade e, claro, menos “reuniões que poderiam ser um e-mail”.
💬 Moral da história:
Ser mulher no mercado de trabalho é resistir, reinventar e inspirar — todos os dias.
E se depender de exemplos como o da Tamiris, o futuro é feminino, jurídico, periférico e absolutamente imparável.