📊 Breaking news acadêmico: pela primeira vez na história, o número de matrículas em EaD (50,7%) passou na frente dos cursos presenciais no Brasil. O dado vem do Censo da Educação Superior 2024, divulgado pelo Inep.
Enquanto o EaD cresceu 5,6% entre 2023 e 2024, o presencial encolheu 0,5%. Basicamente: a galera está trocando a sala de aula pela tela do notebook sem dó nem piedade.
Por que o EaD explodiu?
👉 Flexibilidade – Dá pra estudar de madrugada, no busão ou no almoço do trabalho.
👉 Preço – Sai mais barato do que o presencial, sem falar na economia de transporte e lanche na cantina.
👉 Capilaridade – Pequenas cidades podem não ter campus, mas têm polo EaD até na esquina da padaria.
👉 Pandemia – Forçou todo mundo a aprender a estudar online e acelerou um movimento que já estava rolando.
👉 Perfil digital – Estudante de hoje já nasceu fuçando plataforma, app e vídeo aula.
O que dizem os especialistas
- Manuel Palacios (Inep): EaD abriu as portas do ensino superior para quem trabalha e não teria como pagar um presencial.
- Rodolfo Guimarães (Estácio): “O EaD não é mais plano B. Virou o caminho principal para milhões de brasileiros.”
- Carmem Rêgo (UFRN): Além do custo-benefício, a modalidade atrai porque conversa com a rotina corrida da galera que já está no mercado de trabalho.
Quem domina o jogo
📌 95,9% das matrículas em EaD estão na rede privada.
📌 A Estácio sozinha tem mais de 70% dos alunos em EaD ou semipresencial, com 400 mil estudantes espalhados em 2.500 polos pelo Brasil.
📌 Na UFRN, são 1.842 alunos em cursos de graduação EaD e pouco mais de mil na pós.
O Censo 2024 em números
- 🎓 10,2 milhões de estudantes no ensino superior (alta de 2,5% em relação a 2023).
- 🚀 Crescimento de 30,5% nas matrículas em 10 anos.
- 🌍 EaD já está em 3.387 municípios – quase o dobro de 2014.
- 💡 Cursos tecnológicos dispararam: +99,5% em dez anos.
Nem tudo são flores
Apesar do hype, o MEC colocou freio em alguns cursos: Medicina, Direito, Odonto, Enfermagem e Psicologia só podem ser presenciais. Além disso, Carmem Rêgo lembra que o EaD exige disciplina monstra, autogestão e que ainda enfrenta certo preconceito no mercado.
Professores também estão na montanha-russa: viraram mais “mediadores” do que “detentores do saber” e precisaram esticar o horário de trabalho.
Resumindo a novela
O EaD democratizou o ensino superior, mas pede maturidade de quem escolhe o formato. No fim, é o famoso “ganha-se de um lado, perde-se do outro”: mais acesso, mais flexibilidade, mas também mais responsabilidade individual.
E se você ainda acha que “EaD é curso meia-boca”, é bom repensar: metade do Brasil universitário já está lá.