🩺 Spoiler: tem plantão de 24h, gente dormindo no chão e até assinatura falsificada… mas calma que a universidade jura que tá tudo certo, tá?
Uma treta das boas está rolando lá em Guarujá (SP): a Universidade do Oeste Paulista (a Unoeste) foi acusada de falsificar a assinatura de um aluno de Medicina — sim, você leu certo — falsificar. Tudo pra justificar uma reprovação no estágio obrigatório (o famigerado internato). E como se isso já não fosse novela o suficiente, ainda tem denúncia de alunos virando zumbis em plantões intermináveis e dormindo no chão por falta de estrutura. Que delícia de experiência, hein?
Assinatura fantasma: nível “golpe do estágio”
Segundo a defesa do estudante, rolou uma suposta “reunião” (com ele ausente, claro) em que foi decidido que o aluno “entendeu os motivos da reprovação e aceitou de boa”. Só esqueceram de combinar com ele. A tal ata foi enviada pra perícia e o resultado? A assinatura era falsa. Bem estilo filme de conspiração, mas sem o glamour.
“Uma fraude descarada, executada com a frieza de quem acredita na impunidade”, disse a defesa do aluno, já soltando a sinopse do próximo documentário no Globoplay.
Internato ou acampamento hardcore?
Ainda segundo os relatos, os alunos eram jogados em jornadas de 10 a 24 horas (sim, VINTE E QUATRO) e tinham que dormir no chão, por falta de estrutura. A imagem mental é mais “acampamento de sobrevivência” do que “formação médica”, né?
O advogado do estudante ainda mandou a real:
“Existem imagens chocantes dos alunos nessa situação, um retrato visceral de um sistema que falha em proteger e valorizar seus próprios estudantes.”
Só faltou dizer que é um retrato em HD com legenda: não é sobre saúde, é sobre resistência.
Unoeste responde (e jura que tá tudo nos conformes)
A universidade, obviamente, soltou uma nota dizendo que tudo isso não passa de “reclamação de aluno insatisfeito” e que a denúncia é infundada. Segundo a Unoeste, o aluno não atingiu os critérios mínimos e agora está tentando manchar a imagem da melhor universidade particular de São Paulo (segundo o MEC).
Na versão deles, tudo foi feito com muito amor e camas confortáveis. Segura essa parte:
“Lamentamos que um caso isolado esteja sendo utilizado de forma distorcida para comprometer a reputação de uma universidade que… [inserir aqui autoproclamação padrão de excelência].”
Ah, e claro, eles disseram que têm parceria firme com o Hospital Santo Amaro e que a estrutura tá linda, maravilhosa e que os alunos dormem em camas sim, com direito a supervisão e tudo.
Hospital Santo Amaro também se manifesta
O hospital, por sua vez, soltou sua nota padrão dizendo que oferece um ótimo ambiente de descanso, que o diálogo com a Unoeste é aberto, e que tá todo mundo super comprometido. Basicamente: “imagina, gente, a gente até conversa com os alunos, tá tudo bem sim!”.
Se você achou que já viu de tudo na vida universitária, é porque nunca precisou levar seu próprio colchão pro estágio e ainda correr o risco de ter sua assinatura clonada.
Fica o aprendizado: faculdade pode ensinar medicina, mas ensinar a respeitar aluno… parece que faltou uma matéria aí.