Caiu o Wi-Fi da realidade: estudante perde bolsa de baixa renda após exibir Eurotrip no feed
Olha só o enredo que parece fanfic mas aconteceu em Goiás: uma estudante de medicina da cidade de Anápolis teve a bolsa de estudos suspensa depois que a Justiça descobriu que ela tava vivendo uma vida mais animada que feriado prolongado, ostentando viagens nas redes sociais — enquanto dizia que mal dava pra pagar o pastel na cantina. Aí não, né, coleguinha.
A treta começou quando a jovem, que fazia parte de um programa de bolsas da Prefeitura de Anápolis, foi cortada do benefício. Revoltada, ela resolveu recorrer à Justiça pedindo pra ser rematriculada, já que a faculdade tava cobrando quase R$ 47,3 mil em mensalidades atrasadas de fevereiro a junho de 2025. Mas a alegria durou pouco: a Justiça bateu o olho no Insta dela e pensou… “ué, mas não era pobre?”
Close certo, porém consequência errada
A decisão de manter o corte da bolsa foi divulgada no dia 18. E pasme: o próprio Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) apontou que o estilo de vida da estudante não batia com aquela renda de “apenas três salários mínimos” alegada no cadastro.
A defesa da jovem tá dizendo que as viagens não foram bancadas pela família, e que vão provar tudo bonitinho nos autos. Mas enquanto isso, a internet já tava fazendo CSI em cada carrossel de viagem postado desde 2022.
Investigação ativada: Prefeitura e Ministério Público no caso
A Prefeitura de Anápolis, que já tava com a pulga atrás da orelha, abriu uma sindicância no início do ano e começou a passar o pente-fino em todas as bolsas do Programa Graduação. Já o promotor de Justiça Alberto Cachuba avisou que vai instaurar um procedimento administrativo pra investigar se a bonitona (e talvez outros estudantes também) entrou no programa sem cumprir os requisitos básicos.
E quais são esses requisitos? Bem, basicamente, não pode ter uma vida que parece capítulo de “Jovens Ricos e Médicos em Ascensão”.
Plot twist: renda da família não era bem o que parecia
Segundo os autos, a mãe da estudante, que inclusive aparece como advogada no processo, recebe R$ 8,4 mil da profissão, mais R$ 4,4 mil como servidora pública. Já o pai? Sócio de uma imobiliária. E o avô (com quem ela dizia morar pra justificar a tal renda de três salários mínimos)? Também tem empresa com capital social de R$ 100 mil. É, a galera tava bem longe da realidade do miojo com café no jantar.
A Justiça deixou claro que, pra continuar com o processo sem cair na litigância de má-fé, a jovem vai ter que comprovar tudo direitinho. Caso contrário, ela pode ser obrigada a pagar multa de até 10% sobre o valor da causa. Não é pouca coisa.
Resumo do babado jurídico, versão printável:
📌 Estudante de medicina teve a bolsa suspensa por incompatibilidade entre a renda declarada e o estilo de vida nas redes sociais.
📌 Prefeitura de Anápolis abriu sindicância pra reavaliar os benefícios concedidos.
📌 Justiça revogou decisão que permitia a rematrícula sem o pagamento das mensalidades atrasadas.
📌 Promotor vai abrir procedimento pra investigar possíveis fraudes no programa de bolsas.
📌 Se comprovada a má-fé, a estudante pode pagar multa pesada.
E a nota oficial? Aquela parte que todo mundo pula mas a gente resume:
- Prefeitura: Está reavaliando tudo, com foco na legalidade e na transparência.
- Ministério Público: Vai investigar e agir se encontrar irregularidades.
- Defesa da estudante: Nega qualquer fraude, diz que as viagens não foram bancadas pela família e promete provar tudo nos autos. Também repudia o linchamento virtual (afinal, a internet não perdoa).
Moral da história? Se for pedir bolsa de baixa renda, talvez o melhor seja dar um tempo no feed tropical em Paris, né? O algoritmo pode até esquecer, mas a Justiça… essa não deixa passar nem um story.