Fies com turbina ligada: financiamento de Medicina sobe para R$ 78 mil e o resto corre atrás

Segura essa, calouro! Agora o Fies tá mais turbinado do que estudante na semana de prova.
O Ministério da Educação (MEC) resolveu mexer no cofrinho do Fies e anunciou um upgrade nada básico: a partir do segundo semestre de 2025, quem cursa Medicina vai poder financiar até R$ 78 mil por semestre. Isso mesmo, setenta e oito MIL. Um aumento de 30% no teto que antes era de R$ 60 mil. Ou seja, agora dá até pra parcelar o jaleco bordado com nome e tudo.

Enquanto isso, os demais cursos continuam firmes e fortes no teto de R$ 42.983,70 por semestre. Nada mal, mas Medicina segue como a queridinha do rolê. Ah! E o valor mínimo que dá pra financiar é de R$ 300 por semestre. Nem que seja pra cobrir aquele boletinho do centro acadêmico.


Segundo o MEC, 85% dos cursos de Medicina do país agora cabem dentro desse novo limite.
Quem disse isso? Ninguém menos que o ministro da Educação, Camilo Santana, que está todo orgulhoso com a novidade. Ele frisou que, com esse valor, dá pra garantir 100% do financiamento dos cursos pelo Fies Social — aquele destinado aos estudantes com renda familiar de até 3 salários mínimos per capita.


E como isso vai funcionar na prática?
Simples (quer dizer, quase). A nova regra vale para todos os novos contratos e aditamentos assinados a partir do segundo semestre de 2025. E a partir de 2026, o Compromisso Fies — esse é o nome da medida chique — vai ser regra total. Isso inclui definir quanto a instituição pode cobrar, quanto o estudante vai financiar e quanto (infelizmente) terá que pagar por fora, caso o financiamento não seja integral.


Transparência? Temos! (Pelo menos é o que prometem)
A ideia é que a galera saiba exatamente quanto vai pagar e quanto o governo vai bancar. Se a facul cobrar mais do que o teto do Fies, azar o dela: o aluno não precisa cobrir a diferença. Se for menos, o financiamento cobre só o valor real mesmo. Justo, né?


E sobre reajustes? Vai ter, mas com limites.
A partir de 2026, as instituições vão precisar informar direitinho qual será o reajuste do curso, que não poderá passar de 100% do IPCA. Ou seja: adeus reajustes do além que vinham sem explicação.


E se a facul quiser continuar no Fies? Vai ter que aceitar as regras do jogo.
Isso inclui o Compromisso Fies como limite máximo de cobrança e a forma de calcular a famosa coparticipação — aquele valor que o aluno ainda precisa desembolsar, se não tiver 100% de financiamento.


Pra fechar com chave de ouro (ou pelo menos uma régua de plástico):
A Resolução nº 63/2025 revoga a anterior (a de nº 54/2023) e ainda dá um tapa de atualização na de 2017, reforçando que o reajuste anual deve seguir o índice oficial (o IPCA). A ideia, segundo o MEC, é deixar tudo mais reguladinho. Só falta agora deixarem os boletos mais leves, né?

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