Notas de Prova? Ah, você vai descobrir, com a ajuda da vida, que suas notas não dizem nem 10% sobre o que você realmente aprendeu (mas tudo bem, a vida é assim mesmo).
Todo mundo, não importa em que semestre você esteja, vai te perguntar com uma cara de pânico: “Você já viu gente morta?” E sim, todo mundo parece achar que a aula de anatomia é um episódio de CSI.
Seus pais já se gabam com todo mundo dizendo: “Meu filho/filha? Ah, é aquele/a que estuda medicina” – porque claro, a profissão é praticamente sinônimo de “gênio” na cabeça de todo mundo.
Seus avós vão usar sua carreira para se exibir em todos os encontros de bingo, se achando os donos do conhecimento médico.
Sua família acha que você é o “Google” ambulante e te pergunta tudo, desde se é normal ter espinhas até se o cabelo está caindo. E você está no primeiro ano, ok?
Resposta automática para os convites dos amigos? “Desculpa, tenho que estudar” – Porque sim, é isso que sua vida virou, uma maratona de livros.
Você está tão atolado de conteúdo que já não tem nem tempo para ir ao médico. O estudo de anatomia já é praticamente a sua consulta semanal.
Mesmo quando você não dorme, ainda se levanta cedo. E não, não é só por causa da ressaca da balada.
Pode estudar 24/7, mas sempre vai ter algo novo para aprender. Sempre!
Viajar no fim de semana? Claro, mas sua mochila vai ter mais livros que roupas. Prioridades, né?
E claro, você já começa a sentir o sabor da ansiedade pelo fim de semana, mas não pela diversão. E sim, porque finalmente vai dar para recuperar o que ficou para trás.
Você provavelmente conhece mais os nomes de livros como “Moore”, “Harrison” e “Goic” do que os de seus próprios colegas de classe. Prioridades, parte 2.
Se existe uma coisa que você aprendeu a fazer bem, é pesquisar o preço de livros. “Ué, esse aqui está mais barato em outro lugar, vou lá!”
Passa tanto tempo garimpando livros em sebos que até o próprio sebo te dá um desconto de tão fiel que você é. Falar sobre gastos? Vamos deixar para depois.
Quando alguém te pergunta quantos anos dura o curso de medicina, você fica com cara de quem está fazendo as contas. E sim, é mais de 6 anos. Se você conseguir, claro.
Olha para o pessoal dos outros cursos e pensa: “Ah, eles têm a vida fácil. O meu curso? Só para gênios”.
Já pensou em quantos anos vai estar casado, com filhos, e talvez até sem saber como? O futuro está nebuloso.
“Como assim pedagogia dura 4 anos? Se fosse medicina, já seria especialista em 2!”
Se você acha que arquitetos e designers têm noção de organização, é melhor rever seus conceitos. Organizar o tempo? Para quê?
Já considerou mudar de curso para algo mais tranquilo, como comunicação? Quem nunca?
Tem certeza absoluta de que 80% dos seus amigos vão se casar com enfermeiras. Isso é fato!
Assistir Grey’s Anatomy nunca mais será o mesmo depois de anos no curso. Vai ser tipo: “Me poupe, isso não funciona assim.”
Quando você começa a perceber que nada te dá nojo, nem os relatos mais grotescos das aulas de anatomia. O verdadeiro horror? Ter que estudar sem parar.
Vai aprender sobre os 4 princípios da bioética e vai achar que, finalmente, algo na medicina tem um toque de humanidade.
Se alguém perguntar sobre o tamanho das suas luvas, você já sabe o que responder. São de tamanho “profissional”, claro.
Você vai ouvir seu próprio coração com o novo estetoscópio e achar que está investigando uma cena de crime. #médicodetective
Descobre que sim, é possível almoçar sem ter que falar sobre anatomia, desde que você e seus amigos se esforcem para focar em qualquer outro assunto.
Vai passar noites assistindo programas de cirurgia e depois comentar com os colegas sobre suturas e técnicas. Ah, sim, você virou especialista também, não?
De repente, seu superpoder é identificar o cheiro de formol a quilômetros de distância. O que é esse cheiro? Forma-de-vida.
Se seu estetoscópio não for um “Littmann”, prepare-se para ser excluído da tribo. Isso é status, meu caro.
Você vai reparar no modelo de todos os jalecos que passar por você. Se gostar de algum, já vai pedir onde a pessoa comprou. #dicaextrachique
Vai aprender um montão de siglas e, em algum momento, vai começar a usá-las no seu dia a dia como se fosse um código secreto. HP? Claro, normal.
Seus músculos já não doem mais, mas, de alguma forma, você continua mais cansado que nunca. Quem precisa de água quando temos café, não é?
Se você vê alguém com postura “relaxada” vai ficar com aquele olhar clínico e pensar: “Desvio dorsal? Eu sabia!”
Já se sente moralmente obrigado a parar em qualquer acidente de trânsito e dar uma de herói médico, mesmo sem ser chamado.
Para você, tudo vira abreviação. Anato? Histo? Semio? Sim, tudo tem um nome curtinho agora.
Café é a sua única fonte de vida. O resto? Água? Esquece.
Estranha um dia conseguir saber as últimas notícias do Jornal Nacional. Sério, quem tem tempo para isso?
Fica sabendo de guerras e revoluções quando elas já terminaram. #atualizadíssimo
Todo dia, você tenta lembrar o motivo pelo qual começou a estudar medicina. Se não lembra, se consola pensando que logo, logo, você vai ser um médico… ou algo assim.
Quando coloca a mão na caixa de remédios, já começa a ler todos os ingredientes e advertências. Você, mais que ninguém, sabe que a farmácia é um lugar sagrado.