Fies libera renegociação digital de dívidas — agora vai?

Se você tem aquele contrato do Fies que te persegue mais que ex curioso no Instagram, boa notícia: o Ministério da Educação (MEC) abriu a temporada de renegociação! Estudantes com contratos firmados a partir de 2018 já podem ajustar as contas com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) — e o melhor: sem precisar sair de casa. Tudo online, direto pelo aplicativo Fies Caixa ou no site da Caixa.

📅 Prazo longo, paciência curta

O prazo vai até 31 de dezembro de 2026, então dá tempo até pra quem é mestre em procrastinar boletos. A medida promete ajudar cerca de 160 mil pessoas com dívidas que somam quase R$ 1,8 bilhão — sim, o Brasil tem dívida estudantil até dar e vender.

💸 Quem pode renegociar?

Pra embarcar nessa, o estudante precisa:

  • Ter contrato do Fies assinado a partir de 2018;
  • Estar na fase de amortização (ou seja, já terminou o curso e começou a pagar);
  • Ter parcelas atrasadas há mais de 90 dias até 31 de julho de 2025.

🧾 As novas regras do jogo

O novo modelo de renegociação permite parcelar o saldo devedor em até 180 vezes (sim, 15 anos — é praticamente outro curso inteiro pagando). E tem mais: o governo promete perdão de 100% dos juros e multas. A parcela mínima é de R$ 200, a não ser que o total seja menor.

A negociação é formalizada por meio de um termo aditivo ao contrato original — aquele que você assinou com medo e esperança ao mesmo tempo. Ah, e atenção: valores de coparticipação com a faculdade, seguros ou tarifas bancárias não entram na brincadeira. Esses precisam ser resolvidos diretamente com a instituição.

🎓 Um lembrete sobre o Fies

Criado pela Lei nº 10.260/2001, o Fies é o famoso programa do MEC que ajuda estudantes a financiarem o curso de graduação em instituições privadas bem avaliadas no Sinaes. Desde 2018, ele virou o “Novo Fies”, com juros zero para quem mais precisa e financiamentos proporcionais à renda familiar.

Pra participar, é preciso ter feito o Enem (de 2010 em diante), ter média mínima de 450 pontos e nota acima de zero na redação — o que, convenhamos, já elimina boa parte da galera sonolenta do exame.

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