Sim, parece roteiro de série ruim, mas aconteceu de verdade. Um estudante de Biomedicina de 21 anos foi preso em Curitiba depois de se passar por médico e realizar procedimentos estéticos — tipo preenchimento labial e lipo de papada — em várias pessoas.
O caso acabou ficando ainda mais grave depois que uma mulher de 66 anos morreu em decorrência de complicações causadas pelos procedimentos. 😞
💉 A operação e a prisão
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu o estudante nesta quarta-feira (8), numa operação conjunta com a Vigilância Sanitária (VISA) e o Conselho Regional de Medicina (CRM).
Durante a ação, foram apreendidos seringas, medicamentos e outros materiais usados nos procedimentos clandestinos.
O cara, que divulgava os “serviços” nas redes sociais como se fosse profissional habilitado, agora responde por homicídio e exercício ilegal da medicina.
(Ah, e sim, ele nem registro no Conselho de Biomedicina tinha 🙄).
😷 A vítima e os procedimentos
Segundo a delegada Aline Manzatto, a denúncia partiu do Conselho Regional de Biomedicina (CRBM), depois de descobrirem que o rapaz não tinha registro profissional.
Em maio deste ano, ele atendeu uma mulher de 66 anos, se passando por dentista e biomédico, e realizou uma série de procedimentos invasivos — entre eles, plasma facial, lipo de papada e lipoenxertia nos seios.
O resultado? Complicações sérias que levaram a paciente à morte em 2 de outubro, por choque séptico e infecção de pele e tecidos moles.
O caso é tão grave que a mulher chegou a passar por uma mastectomia total (retirada completa das mamas e parte do tecido do tórax) antes de falecer.
⚖️ As consequências
O estudante foi indiciado por exercício ilegal da medicina e homicídio doloso, já que assumiu o risco ao fazer procedimentos cirúrgicos em local inadequado e sem habilitação.
Se for condenado, pode pegar até 30 anos de prisão.
🧬 O que diz o Conselho de Biomedicina
O CRBM6 (Conselho Regional de Biomedicina do Paraná) publicou uma nota oficial dizendo que não compactua com esse tipo de prática e reforçou que o caso está sob investigação.
Segundo o órgão, o suspeito foi denunciado ainda em janeiro de 2025, quando o conselho recebeu uma denúncia anônima. Na época, ele não apresentou diploma nem registro profissional, embora dissesse ter formação em Biomedicina (que nunca foi comprovada).
Pra piorar, ele ainda afirmou que estava cursando Odontologia — ou seja, queria brincar de doutor em todas as áreas possíveis.
📣 O lembrete que todo mundo precisa ouvir
O CRBM6 deixou bem claro que:
- Só pode atuar em Biomedicina Estética quem tem diploma, registro ativo e habilitação específica.
- Estudante só pode colocar a mão na massa em estágio supervisionado, com contrato formal e tudo dentro da lei (Lei nº 11.788/2008).
O Conselho ainda reforçou um ponto importante: sempre cheque se o profissional é realmente registrado antes de fazer qualquer procedimento. É só acessar o site do conselho ou o portal do governo pra confirmar.
👉 Dica de ouro: se a pessoa te oferece “lipo de papada” num escritório improvisado ou te pede pra levar a seringa de casa, corre.
No fim das contas, esse caso é um lembrete sombrio de que mexer com estética não é brincadeira — e que seguir influenciador de “harmonização facial de R$ 99” pode custar caro (literalmente, e tragicamente).