O ex-soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ), Djair Oliveira de Araújo, está sendo investigado por aplicar um golpe milionário contra ex-colegas de farda e outros servidores da segurança pública. Apresentando-se como um “mago” dos investimentos financeiros, Djair prometia rendimentos de 5% ao mês, convencendo suas vítimas a investir quantias que chegaram a R$ 600 mil.
A Isca do Luxo e da Confiança
Djair usava sua conexão com o BOPE e uma rotina de luxo exibida nas redes sociais para atrair investidores. Ele garantiu a dezenas de policiais que os aportes na Dektos e na “Trade in Flow” — sua suposta mesa proprietária de operações financeiras — eram seguros e altamente lucrativos.
Entre as vítimas, há relatos de pessoas que:
- Venderam imóveis.
- Contrataram empréstimos consignados.
- Investiram economias de anos, atraídas pela promessa de “juros sobre juros”.
Histórico Duvidoso
O passado de Djair já levantava suspeitas:
- 2016: Foi preso junto com outros dois policiais por envolvimento no roubo de um Honda Civic, usando documentos falsos para obrigar a entrega do veículo em uma oficina mecânica no Rio.
- Após pedir baixa da PM em 2021, Djair montou um escritório sofisticado no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, para operar seus esquemas.
O Rastro de Vítimas
Pelo menos 20 pessoas, incluindo ex-colegas do BOPE e da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), relataram perdas substanciais e criaram um grupo no WhatsApp para tentar reaver os valores.
Um dos relatos mais impactantes veio de um ex-policial que investiu R$ 330 mil, acreditando na promessa de rendimentos fixos e baixos riscos. Durante quatro anos, ele realizou poucos saques, confiando no “crescimento” de sua aplicação. Em 2023, o dinheiro simplesmente desapareceu.
Apesar de tentativas de acordos judiciais, Djair bloqueou as vítimas em redes sociais e aplicativos de mensagens, frustrando qualquer tentativa de recuperação dos valores.
Impactos do Golpe
O caso expõe questões críticas, como:
- A vulnerabilidade de servidores públicos a esquemas financeiros fraudulentos.
- O poder da confiança institucional, usada por Djair para enganar ex-colegas.
- A necessidade de educação financeira para identificar promessas irreais de retorno sobre investimentos.
Com um prejuízo total estimado em R$ 30 milhões, o golpe deixou muitas vítimas em situações financeiras delicadas e lançou luz sobre as brechas de regulamentação e fiscalização no setor de investimentos.
Acompanhe o desdobramento deste caso e fique atento a promessas de lucro fácil.
Confira a matéria na integra na fonte primária: Ex-PM enganou colegas do Bope prometendo lucro de 5% ao mês