O Concurso Público Nacional Unificado (CNU), mais conhecido como o “Enem dos Concursos”, está virando novela. A data do resultado final, que deveria ter saído em 21 de novembro, foi adiada para 11 de fevereiro. Motivo? Uma confusão judicial que trouxe de volta 32.260 candidatos eliminados. E aí, o governo federal teve que desembolsar R$ 4,7 milhões extras pra ajustar tudo isso.
Se você tá achando que essa grana é troco de pinga, lembra que ela representa 3,5% do valor total do concurso, que já bate a casa dos R$ 130 milhões.
Por que esse custo todo?
Segundo o coordenador do CNU, Alexandre Retamal, esse aumento cobre:
- Correção de provas objetivas e discursivas dos reintegrados.
- Avaliação de títulos e entrevistas das comissões de heteroidentificação (candidatos autodeclarados negros).
- Perícia médica para candidatos com deficiência.
- Confirmação de informações de candidatos indígenas.
“É um processo longo e detalhado, mas essencial pra manter a transparência e segurança do concurso”, explicou Retamal.
E como fica o cronograma?
Além do atraso no resultado, candidatos dos blocos temáticos 4 e 5 poderão entregar títulos nos dias 4 e 5 de dezembro. Ou seja, o CNU virou uma aula prática de paciência.
Lições Aprendidas
Apesar do baque financeiro e das reclamações, Retamal garante que tudo isso serve como aprendizado pra próximas edições do concurso. Mas sem data ou garantias de que essas “próximas edições” vão sair do papel.
O que fazer se você for um dos candidatos?
Se recebeu o e-mail da Cesgranrio, confere as informações direitinho. Não recebeu nada? Corre pra área do candidato ou entre em contato com o suporte (e-mail cpnu@cesgranrio.org.br ou telefone 0800 701 2028).
Enquanto isso, o CNU segue sendo um dos concursos mais importantes do país, mas com um gosto amargo de atraso (e gastos). Que venha fevereiro!