A trajetória de um estudante de engenharia da periferia até o título de mestre.

A trajetória de um estudante de engenharia da periferia até o título de mestre. Share on X

Marcos Fernando da Silva Junior, um jovem negro de origem humilde e periférica, se tornou mestre em Engenharia Mecânica, desafiando as adversidades enfrentadas por muitos jovens em situação semelhante no Brasil. Sua jornada começou no SENAI, por meio do projeto “Novos Horizontes”, que visava oferecer oportunidades a jovens em vulnerabilidade.

Ele enfrentou dificuldades desde o início, pois seu bairro não oferecia muitas oportunidades, e a representatividade era escassa. Seus pais desempenharam um papel crucial, fornecendo apoio e estímulo. Marcos se destacou no SENAI, aprendendo mecânica e decidindo tornar-se engenheiro mecânico.

A graduação, financiada pelo FIES, foi um desafio devido ao choque cultural em uma instituição particular. Marcos trabalhava e estudava simultaneamente, enfrentando preconceitos, racismo e barreiras sociais. Optou por tocar a música “A Vida é Desafio”, dos Racionais MC’s, em sua colação de grau, destacando as desigualdades enfrentadas por pessoas negras.

Após a graduação, enfrentou obstáculos no mercado de trabalho devido ao preconceito. Optou por abrir sua própria microempresa, visando criar oportunidades para jovens em situações semelhantes. Destaca a importância da educação como ato de resistência, sendo a chave para transformar a realidade de jovens periféricos.

Marcos destaca que a falta de oportunidades cria um ciclo de expectativas limitadas para os jovens em comunidades periféricas, e a educação é fundamental para quebrar esse ciclo. Sua jornada educacional o motiva a promover projetos de inclusão, inclusive para pessoas com deficiência, como sua bancada automatizada desenvolvida para atender a essas necessidades.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *